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Universidades federais avançam no combate ao coronavírus

Ao todo, 823 pesquisas estão em andamento nas IFES do país. Hospitais universitários disponibilizam mais de 2 mil leitos para tratamento de COVID-19

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou, na manhã desta segunda-feira (11), um balanço com as ações que as universidades federais de todo o país têm promovido durante a pandemia de coronavírus. De Norte a Sul, as instituições se mobilizam para pesquisar, auxiliar na produção de insumos e educar a população sobre o vírus.

Ao abrir o encontro virtual, o presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, destacou a pronta resposta da comunidade acadêmica ao enfrentamento da pandemia: já são mais de 800 pesquisas relacionadas ao coronavírus, disponibilização de centenas de leitos em hospitais universitários (HUs), além de dezenas de ações de fabricação de álcool em gel e produção de equipamentos de proteção individual (EPIs). Participaram do levantamento 46 universidades federais das 67 existentes em todo o país, o que representa 68,66% das instituições. A UFPE e a UFPB, instituições apoiadas pela Fade, estão inclusas.

Salles disse ainda que a resposta das universidades à pandemia poderiam ser ainda mais expressivas caso houvesse mais investimento. “As universidades vêm cumprindo esse dever de solidariedade com a população de passar informação e conhecimentos, mostrar a necessidade do distanciamento social. Lembrar que, nesse momento, devemos seguir o conhecimento, e não a ignorantes. As instituições estão dando respostas com as condições que têm. Estamos sofrendo problemas orçamentários que, se não tivéssemos, daríamos uma resposta mais robusta”, afirmou.

Mas com a ajuda de doações e com os recursos já existentes, as universidades já têm ótimos resultados para mostrar. Além das pesquisas, que vão desde a identificação do genoma do vírus, até a busca por uma vacina, passando pela redução de custos nos testes, as universidades têm transformado seus laboratórios em verdadeiros centros de produção. Com 96 ações em todo o país, já foi possível fabricar mais de 992 mil litros de álcool em gel para distribuição tanto para secretarias da saúde quanto para comunidades carentes. Também foram criadas 104 ações para produção de EPIs, que fabricaram milhares de protetores faciais, máscaras de pano, aventais e capuzes. Atividades relacionadas à testagem totalizam 53.

Balanço total

  • Instituições que responderam para a Andifes: 46 
  • Pesquisas em andamento: 823 
  • Leitos em HUs*: 2.717 (2.228 normais e 489 de UTI) *inclui leitos próprios e leitos viabilizados em parcerias para a construção e a operacionalização de hospitais de campanha 
  • Ações para produção de álcool: 96 
  • Ações para produção de EPIs: 104 (pelas informações parciais: 162.964 protetores faciais, 85.514 máscaras de pano, 20.200 unidades diversas, 6.000 aventais e 2.000 capuzes)
  • Ações de testagem: 53 
  • Ações de solidariedade: 341 
  • Campanhas educativas: 697

Vacinas

Embora tenham iniciado as pesquisas o mais rápido possível, ainda não dá para prever quando as universidades terão resposta sobre uma vacina contra o coronavírus. No entanto, os trabalhos para desenvolver um imunizante estão intensos.

Ano letivo

O presidente da Andifes ressaltou que as atividades universitárias são essencialmente presenciais, porém, as instituições estão elaborando ações remotas para manter as atividades. Para isso, a Andifes prevê um seminário para debater as melhores maneiras de conduzir as atividades à distância.

Sobre a retomada do ano letivo, o presidente lembrou que o calendário das universidades não tem obrigação de seguir o calendário civil, e não descartou que as aulas se estendam até o próximo ano. Segundo ele, um retorno às aulas só será possível quando planos que garantam a segurança de alunos, professores e funcionários estiverem prontos. Isso contempla higienização adequada dos ambientes e distanciamento seguro entre as pessoas.

Enem

O presidente da Andifes destacou que não é possível simular uma normalidade diante da situação em que estamos. Porém, afirmou que a Andifes está dialogando com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para tratar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. 

Com informações do Correio Braziliense e do Gaúcha Zero Hora.

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