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UFPE vai sequenciar genoma do novo coronavírus

Pesquisadores pernambucanos poderão desenvolver novos métodos diagnósticos e vacinas

Via Ascom UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco está prestes a realizar o sequenciamento genômico do novo coronavírus (Sars-Cov-2), etapa de suma importância para o enfrentamento à pandemia da COVID-19. A instituição já finalizou o processo de aquisição de um sequenciador de nova geração (tecnologia NGS) e de todos os insumos necessários para a “leitura” das sequências genômicas de várias dezenas das cepas virais circulantes no Estado de Pernambuco. Os produtos devem chegar em até 30 dias, quando a Universidade estará apta a produzir as sequências de, pelo menos, 80 cepas virais.

A partir das informações geradas, os pesquisadores pernambucanos poderão determinar, por exemplo, quais são as prováveis origens geográficas dos vírus, assim como poderão avaliar a ocorrência de variantes genéticas do vírus que sirvam como referência para o estabelecimento de novos métodos diagnósticos (em um primeiro momento) e de vacinais para a COVID-19. Em entrevista à Ascom UFPE, o professor Valdir Balbino, do Departamento de Genética, coordenador do subprojeto “Diversidade genômica de cepas de Sars-Cov-2 isoladas de portadores da COVID-19 do Estado de Pernambuco, Brasil”, afirma que “essas informações vão alimentar um banco de dados e, a partir de então, poderemos comparar as sequências genômicas das cepas do SARS-Cov-2 circulantes em Pernambuco àquelas de várias outras localidades.”

O estudo será realizado na Plataforma Multiusuários de Sequenciamento do Centro de Biociências da UFPE e contará com uma equipe formada de professores, pós-doutorandos e pós-graduandos da Universidade, em parceria com pesquisadores da UFRPE. O investimento realizado na área de genômica até o presente momento é superior a R$ 1 milhão, e contou com recursos repassados pelo Ministério Público do Trabalho e do Ministério da Educação. Por conta dos longos prazos demandados para a aquisição do sequenciador e dos insumos (em função da enorme procura pela tecnologia NGS em todo o mundo), a UFPE estabelecerá parceria com o Instituto Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-PE), que dispõe de equipamento compatível com as necessidades de sequenciamento do novo coronavírus. 

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