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Ômica de Biomarcadores de Progressão de Doenças Raras para o Desenvolvimento de Nano Dispositivos Sensores voltados para o SUS

Projeto do Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica – Suely Galdino, da UFPE, coordenado pelo professor Moacyr Rego, tem como intuito a aplicação de tecnologias moleculares para identificar biomarcadores associados à progressão de Doenças Reumatológicas Raras (DRR). Fruto de uma Seleção Pública entre o MCTI e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a pesquisa objetiva desenvolver nanossistemas para dispositivos sensores portáteis de diagnóstico humano, voltados para o SUS.

Em razão dos sintomas inespecíficos e envolvimento de diferentes órgãos, a Esclerose Sistêmica (ES), Doença Mista do Tecido Conjuntivo (MCTD),  doença de Behçet e outras DRR, envolvem um diagnóstico desafiante, impreciso e, por vezes, pouco eficaz. No caso da ES, que é uma doença caracterizada por fibrose progressiva da pele e órgãos internos, a ausência de um tratamento efetivo pode acarretar em óbito, sendo crucial a determinação de um diagnóstico precoce e rigoroso, servindo igualmente para a redução de danos das enfermidades.

Há poucos biomarcadores de seguimento e desfecho para os pacientes acometidos por essas doenças, e as estratégicas ômicas podem auxiliar consideravelmente na resolução da questão, uma vez que olham simultaneamente para milhões de marcadores, ao invés de fazê-lo de forma individualizada.

Por essa razão, o projeto dedica esforços a aumentar a oferta de diagnóstico rápidos, efetivos e acessíveis para as doenças reumatológicas raras tratadas pelo SUS. O desenvolvimento de membranas baseada em materiais poliméricos e nanoestruturados, permitirão a obtenção de nanomateriais avançados, essenciais para a construção de novos dispositivos diagnósticos. É esperado que facilitem a identificação confiável de biomarcadores específicos para ES, MCTD e doença de Behçet, contribuindo para uma abordagem diagnóstica mais precisa.

O projeto pretende impactar na qualidade de vida dos pacientes com DRR, melhorando a condução dessas doenças pelo SUS. A integração de tecnologias como microssistemas, microeletrônica e materiais nanoestruturados, será capaz de permitir a criação de pequenos dispositivos portáteis, como biossensores lab-on-a-chip (que integram funções laboratoriais em um chip microprocessador, usando pequenos volumes de líquidos), reduzindo o tempo de espera do resultado para três a quatro horas. O foco é desenvolver ferramentas de última geração que melhorem a eficácia dos tratamentos e diagnósticos das DRR, além de garantir seu amplo acesso às populações afetadas.

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