UFPB coordena busca de vacina para COVID-19 com métodos computacionais avançados
Sequências de proteínas virais podem induzir resposta imunológica protetora
Reportagem: Aline Lins | Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) pretende desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), o SARS-CoV-2, a partir da identificação das sequências de proteínas virais que conseguem induzir uma resposta imunológica protetora. Para isso, serão usadas simulações por métodos computacionais avançados. O projeto é coordenado pela professora Joelma Souza, do Laboratório de Imunologia do Departamento de Fisiologia e Patologia, no Centro de Ciências da Saúde, no campus I, em João Pessoa.
O estudo foi aprovado no âmbito do edital da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e envolve oito pesquisadores e três estudantes, sendo um de pós-graduação e dois de graduação. Com o desenvolvimento de vacina, a UFPB deve atingir as 17 ações estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) para enfrentamento da pandemia de COVID-19.
Identificando quais são as sequências das proteínas virais que conseguem induzir uma resposta imunológica protetora, os pesquisadores desejam sintetizar uma vacina composta apenas por essas sequências. O mapeamento proposto pretende usar técnicas de imunoinformática. Métodos in sílico correspondem a métodos computacionais que utilizam algoritmos em que são colocados a sequência do genoma do vírus e alguns parâmetros imunológicos como receptores de células imunes (Células B e T).
Após a identificação dos epítopos promissores, os pesquisadores vão realizar a construção in sílico da sequência polivalente baseada em multi epítopos. Esse construído promissor será avaliado em testes in vitro e in vivo (em animais), a fim de validar sua eficiência e segurança.
Os pesquisadores da UFPB que participam do projeto, além da coordenadora Joelma de Souza, são os professores Renato Oliveira e Priscilla Anne, do Departamento de Fisiologia e Patologia; Lúcio Castellano, da Escola Técnica de Saúde; e a professora Ana Isabel Fernandes, do Departamento de Promoção da Saúde.
Entre os parceiros, estão Luiz Goulart, do Instituto de Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais; Clarice Morais e a doutoranda Vanessa Dantas, do Laboratório de Virologia e Terapia Experimental do Instituto Aggeu Magalhães, em Pernambuco; e o especialista em Engenharia de Software e colaborador da UFPB, Hugo Dantas. Os estudantes de graduação em Biotecnologia da UFPB Andrei Mendes e Waldecir Júnior também cooperam para o estudo.