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5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco

Após treze anos, o Governo de Pernambuco volta a realizar a Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, com a colaboração da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-PE), da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e da Usina Pernambucana de Inovação. As atividades ocorreram nos dias 29 e 30/11, 01 e 07/12, e foram abertas à população. Segundo a secretária da SECTI-PE, Mauricélia Montenegro, a intenção era “atingir um público que vá além do universo da academia, dos institutos de pesquisa, das empresas inovadoras e do setor público”.

A finalidade do encontro é promover troca de conhecimentos e tecnologias estaduais, influenciando na formulação de políticas públicas focadas nas necessidades sociais, ambientais e econômicas específicas do território. Os debates da etapa pernambucana foram norteados pelos seguintes eixos:

  • Recuperação, expansão e consolidação do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação; 
  • Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação; 
  • Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos; e 
  • Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.

O QUE ACONTECEU NA 5ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DE PERNAMBUCO:

O primeiro dia do evento ocorreu na capital do estado, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e contou com a mesa “Mulheres nas ciências exatas: quebrando estereótipos, derrubando barreiras”. Em discurso, a presidente da Facepe, Fernanda Pimentel, afirmou que é momento de “pensar maior, fazer planos, projetos, para o futuro que queremos”. Para ela, o desenvolvimento da ciência e tecnologia no estado é a chave para o crescimento de Pernambuco.

Buscando descentralizar a produção científica, foi Caruaru que sediou o segundo dia de atividades, no Armazém da Criatividade. Nessa data, a SECTI-PE aproveitou para lançar o edital de Apoio às Redes de Inovação, com parceria da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco. O material prevê o apoio financeiro a 15 projetos de criação ou fortalecimento de redes que abarquem, no mínimo, uma empresa, cooperativa, associação ou órgão do governo, ou um Instituto de Ciência e Tecnologia. O valor total das propostas não deve ultrapassar R$ 3.372.000,00. O formulário de inscrição pode ser encontrado no Sistema AgilFAP, e estará disponível até o dia 15 de janeiro de 2024. Aos projetos fora da Região Metropolitana do Recife, serão conferidos pontos extras em favor do fortalecimento das produções nos interiores.

Petrolina, que recebeu o terceiro momento da conferência estadual, se norteou a partir dos eixos: Tecnologia Agrícola; Pós-graduação no Semiárido Brasileiro; Ciência Sertaneja e Inovação; e Transferência de Tecnologia no Vale do São Francisco. Foram realizadas mesas como “Tecnologias para a Agricultura no Semiárido”, “Excelência e Internacionalização da Pós-graduação no Vale do São Francisco: Desafios”, “Imersão Científica no Semiárido – o Potencial do Regionalismo”  e “Inovação e Transferência de Tecnologia no Vale do São Francisco”. O evento teve fim com a produção de uma oficina voltada à formulação de propostas de Ciência, Tecnologia e Inovação para o governo estadual, enfatizando o potencial do semiárido de Pernambuco e sua realidade.

O encerramento da 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de PE também aconteceu na UFPE do Campus Recife. Durante a cerimônia, a governadora Raquel Lyra entregou um relatório de ações para o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao setor científico à ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Segundo Raquel, além do investimento em pesquisas e inovação, sua gestão procura auxiliar na redução de desigualdades de gênero dentro do espaço científico, promovendo a participação feminina. Luciana Santos demonstrou entusiasmo com o pioneirismo de Pernambuco e definiu o sistema de ciência e tecnologia do estado como “muito potente e respeitado nacionalmente”. 

PRÓXIMOS EVENTOS

A Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, de Pernambuco, precede a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), cujo tema é “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”. Prevista para junho de 2024, a CNCTI busca debater e analisar propostas para a produção da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, correspondente ao período de 2024 a 2030. 

A partir de janeiro de 2024, outras Unidades Federativas deverão dar início às suas próprias conferências. Assim que concluídas, serão realizadas as etapas regionais, em março. Os relatórios produzidos durante esse período serão discutidos na CNCTI.

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